
O presidente da Federação Nacional dos Profissionais em Papiloscopia e Identificação (Fenappi), Antônio Maciel Aguiar Filho, atendendo a convite do SINPOLJUSPI, esteve em Teresina participando do VII Seminário Popular do Piauí, onde falou sobre “A importância da papiloscopia na investigação criminal”. Sua palestra foi na sexta-feira (17/04), primeiro dia do evento.
Maciel falou que a identificação criminal, para atingir os seus objetivos, têm-se utilizado da ciência Papiloscópica, que consiste na identificação civil e criminal realizada por meio de impressões digitais. “A papiloscopia é o processo mais eficiente de identificação. Sua precisão é praticamente de 100% de acerto -- já que não existe uma impressão digital igual à outra. As impressões papilares estão presentes nos dedos, palmas das mãos e nas plantas dos pés”, comentou.
Maciel falou sobre a nova tecnologia que está disponível em cinco estados brasileiros que facilita a identificação digital. É a Afis (ou Sistema Automático de Impressões Digital, do inglês Automatic Fingerprint Identification Sistem). O sistema está centralizado no Instituto Nacional de Identificação e distribuído por todas as regionais da Polícia Federal no Brasil. “Em termos de polícia civil, a tecnologia está presente nas unidades de federação de Goiás, Bahia, Distrito Federal, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul”, informou o presidente.
Maciel afirmou, inclusive, que o Piauí pode aderir à tecnologia, bastando para isso capacitar os profissionais do setor no estado.
O especialista explicou, através de slides, que o sistema consiste em uma estação fixa de trabalho para pesquisa e aquisição de criminosos e fragmentos criminais e uma estação móvel para ser utilizada em casos especiais podendo ser transportada para qualquer local.
O sistema é similar ao usado pela Interpol. O funcionamento é em rede, interligando toda polícia em tempo real. O AFIS foi implementado no INI, em Brasília, que funcionará como uma central de pesquisas. O banco de dados do novo sistema está entre os maiores do mundo neste segmento e comportará cerca de 5 milhões de identificações de criminosos.
Até hoje uma pessoa podia praticar um crime num Estado e ir para um outro sem que essa ocorrência aparecesse. Ou seja, ela estaria com a ficha "limpa" apesar do delito cometido. Com esse sistema, todas as polícias terão acesso ao banco de dados "on line". E em menos de seis minutos poderá ter toda ficha cadastral do criminoso.
Outra vantagem é a identificação de fragmentos. Antes, era quase impossível identificar impressões digitais deixadas em objetos como copos, vidros, portas etc (encontrados em locais de crimes). Com o AFIS, esses fragmentos são recolhidos (escaneados) e lançados no banco de dados.
Em poucos minutos, o programa elenca uma série de potenciais suspeitos (pessoas que poderiam possuir as digitais coletadas).
No antigo processo, em que eram usados papéis, tintas, havia um grande volume de fichas arquivadas, dificultando a pesquisa dos profissionais. A automatização do processo papiloscópico objetiva suprir essas deficiências e otimizar os serviços dos profissionais da área.
Fonte: http://www.appego.com.br/?pag=grupo&id=44
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